sexta-feira, 8 de julho de 2011

A culpa é da distância?

A cada dia que passa eu vejo mais que já não faço parte do seu mundo, que já não conheço seus sonhos, seus desejos, seus segredos, suas escolhas, seus amigos. Costumávamos ser mais que um diário, éramos inseparáveis, nossa amizade, nosso companheirismo, nada parecia nos abalar, mas a distancia parece um buraco em nosso navio, afundando-o cada vez mais. Algumas coisas eu sei que nunca vão mudar como o amor que eu sinto por você, mas as atitudes, os jeitos, estão em constante mudança e eu sofro em não poder ver as suas. As conversas não são mais as mesmas, notamos como cada um de nós mudou, e já não nos damos conselhos, não opinamos, não criticamos, não compreendemos, apenas escutamos, e esse silencio avassalador me machuca muito. Nossa relação virou a página de um facebook que nunca atualizamos, e que quando resolvemos atualizar já está tão desatualizada que já não importa atualizá-la ou não. A nossa distancia é tão evidente. Como podemos estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe?
Hoje eu parei pra pensar em nossa relação, de como eu finjo que te amo e você finge que é frio, mas eu sei, eu sei que você conta as horas pra me ver, e eu, talvez eu não ligue muito para as horas, eu sei que quando eu abro os olhos enquanto nos beijamos você parece não está no mundo real, que quando eu digo da boca pra fora que te amo e você fingi não ouvir, seus olhos brilham. Garoto, eu não sei por que agimos assim, eu acho que você tem medo, medo de assumir que me ama, e eu tenho medo de confessar a minha falta de sentimentos, fingimos, e fingimos muito mal, mas não somos fortes o suficiente para tirar as máscaras que usamos, eu sei que um dia as máscaras vão cair, mas até lá, até lá vamos continuar fingindo, vamos continuar fingindo ser o casal da menininha apaixonada e o menino nem ai. 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Pra mim, já não existe algo que realmente faça sentido.

As mentiras já não me machucam mais, as dores não me comovem, os sofrimentos não me abalam, a falsidade não me derruba, as doutrinas não me guiam, a razão não me governa, muito menos alguma lei. Não creio em promessas, pois arrancaram todos os meus motivos para isso. A garotinha, que antes acreditava em conto de fadas, hoje apenas acredita que existe um mundo onde os mais preparados sobrevivem. Precisamos ter forças para enfrentar os desafios e decepções, pois essa é a única certeza que eu tenho na vida: Vou ter problemas e vou precisar enfrentá -los.